Hipertensão e Gestação

Hipertensão e Gestação

Você sabia que a morte súbita pode ser evitada com simples cuidados? Descubra como a avaliação médica pré-participação pode salvar vidas no esporte.

As síndromes hipertensivas na gestação, em especial a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia, impactam diretamente nos desfechos obstétricos e perinatais graves. Suas repercussões representam a primeira causa de morte materna no Brasil, e terceira causa de morte materna no mundo

Define-se hipertensão na gestação quando há pressão

– Arterial sistólica (PAS) ≥ 140 mmHg e/ou pressão arterial

– Diastólica (PAD) ≥ 90 mmHg,confirmada por outra medida realizada com o intervalo de quatro horas. A aferição da pressão arterial deve ser realizada com a gestante sentada, em repouso e com o manguito apropriado para a circunferência do braço.

 

Há 4 condições clínicas das síndromes hipertensivas na gestação:

  1. Hipertensão arterial crônica: hipertensão diagnosticada ou presente antes da gestação ou antes das 20 semanas de gestação ou hipertensão arterial diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez e que não normaliza no período pós parto
  2. Hipertensão gestacional: hipertensão em mulher com pressão previamente normal, diagnosticada após 20 semanas de gestação, medida em duas ocasiões com, pelo menos, 4 horas de intervalo, sem proteinúria ou sinais de gravidade, e que retorna ao normal no período pós-parto.
  3. Pré-Eclâmpsia: Hipertensão em geral após 20 semanas de gestação e frequentemente com proteinúria. Na ausência de proteinúria, pode-se considerar o diagnóstico quando houver sinais de gravidade:
    1. trombocitopenia (< 100.000.109/L), creatinina > 1,1 mg/dL ou 2x creatinina basal, elevação de 2x das transaminases
    2. hepáticas, EAP, dor abdominal, sintomas visuais ou cefaleia, convulsões, sem outros diagnósticos alternativos.
  4. Eclâmpsia: Convulsões tônico-clônicas na ausência de outras condições causais

 

Os Fatores de risco para hipertensão gestacional são:

  • Idade materna avançada
  • Obesidade ou sobrepeso.
  • História prévia de hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia.
  • Diabetes gestacional ou outras condições pré-existentes como doenças renais.
  • Gravidez múltipla

 

Tratamento

O tratamento varia conforme o tipo e gravidade da condição. Algumas abordagens incluem: Monitoramento da pressão arterial, uso de medicamentos, repouso e mudanças no estilo de vida.

O tratamento medicamentoso urgente é indicado em caso de hipertensão grave e na presença de sinais premonitórios

A meta do controle da hipertensão arterial deve ser a PAS > 120 e < 160 mmHg, e PAD > 80 e < 110mmhg, já que tanto a hipertensão quanto a hipotensão induzida podem prejudicar a perfusão placentária e, consequentemente, o crescimento fetal. O objetivo é prevenir a progressão de lesão de órgãos-alvo, complicações cardíacas e cerebrovasculares, além das complicações obstétricas e fetais

As síndromes hipertensivas da gravidez são um marcador de risco futuro, e essas mulheres devem ser abordadas de forma mais atenta e integral para uma prevenção efetiva de doença cardiovascular e renal.

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Dra. Maria Carolina Diez de Andrade
CRM 174242
RQE Clínica Médica: 119764
RQE Cardiologia: 119765

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